Pegue uma xícara, sirva-se e fique à vontade.

26 fevereiro 2008

Crônica da Crônica

As Senhoras da Sala
No meu último Post – chamam assim na net– O Flash Black* , queria apenas relatar uma simples e comum ida ao cinema em um mais simples ainda, sábado à tarde, mas acabei falando das “Senhoras da Sala” é, da Sala São Paulo* acho que a coisa pendeu para outro lado por ainda ter em mente a crônica de uma colega de trabalho – já disse que trabalho na Sala São Paulo? – “As minhas senhoras*” que se ela me permitir trago na íntegra depois, mas vai uma prévia, (não seria melhor fazer um hiperlink, afinal se trata de um blog?) enfim, a crônica começa assim: “As velhinhas da Casa Verde: sempre arrumadas, andando apressadas em direção à igreja para a missa dominical”.
É, ainda em meu inconsciênte, que não só por se tratar de vovós, era muito mais do que isso, “porque elas eram minhas”.

As Senhoras da Sala São Paulo, representadas por Dona Gaetana (será que posso usar nomes reais?) que tudo sabia daquela orquestra tão ovacionada em diversas partes do mundo.Há quem dissesse que se um dia a Sala São Paulo pegasse fogo, era só ir à casa de Dona Gaetana que recuperariam todas as informações.Sem falar de Dona Mariazinha que salvo o erro – não sou muito boa com datas e idades – com seus oitenta e quatro anos e que ainda fazia questão de dirigir seu carro para apreciar seus tão esperados concertos.
Há também aquelas que me paravam no Foyer – “Você ficou sabendo? Estou solteira agora! Não me diga que seu marido faleceu? Não, o mandei para casa do meu filho mais velho!" (Como eu conseguia ser tão desagradável?) Ou então “Vou viajar no próximo mês. Nossa que bom não é? A senhora vai descansar um pouco? Não minha filha, vou fazer um tratamento contra câncer".Mais uma vez, olha eu dando mais um fora.Mas como nem tudo é só desgraça, me paravam também aquelas que faziam questão de me pagar um café – quem é que disse a elas que eu tomo café?- ou para comentar da peça do dia anterior no Teatro Municipal* da qual eu nem sabia.

É...
Senhoras, velhinhas, vovós, seja no cinema, na Sala, na Casa Verde ou em qualquer parte, elas com suas histórias, medos, anseios, defeitos e confeitos, adoçam nossas tardes de sábado.

Postado: Sábado, que não fui à Sala
Hora: Doce
Data real: 03/11/07

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