Pegue uma xícara, sirva-se e fique à vontade.
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09 fevereiro 2018

Saudades Cintilantes

Em três anos muitas coisas mudaram, outras não.
Eis que volto a escrever
Eis que volto a me permitir 


Saudades Cintilantes

Cidade acesa
A lua banha cada canto, cada lembrança sua
Sons, sentidos despertando saudade
Sua silhueta sondando as sombras em minha mente
O brilho cega meu querer - só você

Não sinto mais seu perfume
Não sei mais quais canções ouvir
O dia está nascendo 
E eu não sei onde ir

"simplesmente posso encontrar uma distração...
luzes da cidade"

"uma simples saudade"


Postado por: Wacinom
Hora: reluzente
Data real: Hoje 

19 janeiro 2015

Recomeço


Retalhos
Por Frei Betto

Blog da Ro

A vida é feita de detalhes: um encontro casual, a atração, o fascínio, reencontros, a fusão de espíritos e corpos. Dia após dia, o caminho é aberto no próprio caminhar como quem, sobre a ponte arqueada no tempo, desafia a lei da gravidade e, suspenso no vazio, agacha-se para acrescentar mais um palmo no piso.


O amor é um mistério. Tantas pessoas e, no entanto, esta pessoa. Há qualquer coisa que transcende as aparências, os sentidos e todo o arsenal interrogativo da razão. Aos olhos da fé, dom de Deus. O coração acorda um dia povoado pela presença do outro e esse sentimento imunda, devasta, sufoca, liberta, irrompe indizível, marca para sempre. É terno.


Postado por: Wacinom
Hora: de recomeçar
Data real: 10/01/2015




09 dezembro 2013

Naufrágio



Marquei a lápis aquele poema que declamastes naquela tarde quente. Um poema que falava de sonhos, navios e naufrágios.

Era um dia de dezembro.

Um dia em que o vento soprava manso e todas as certezas nada mais eram que espumas a lamber a areia, a mesma areia que mantinham meus olhos secos, a boca amarga, o coração empedernido e meus sonhos no fundo do mar.

Blog: Deserto e Desertificação
Hoje debaixo d'água meus sonhos são como corais: não os vejo, não os sinto aqui da superfície.

Hoje se quer lembro-me do poema, apenas o escuto quando a concha encosto ao ouvido.


E quando abro o livro desgastado pelo tempo lembro-me de ti a navegar entre os versos de Além-mar



Postado por: Wacinom
Hora: 19:15
Data real:20/12/2011


03 julho 2012

Nada Sem Ti


 
Algo falha em minha mente
Não funciona simplesmente
Nem sequer sei sorrir
Quando estou sem ti

Você é a fantasia
Que num instante me domina
Se te tenho, isso, não sei
Se te perco, isso sim, já pensei
Nada, nada sem ti
Agora que não estás aqui

Sinto me segura quando estás aí
Ao meu lado a olhar para mim
Pois, se não, me sinto fora
Me sinto morta
Nada, nada sem ti
Agora que não estás aqui

Nada

Dizem que pessoas duras não choram
Assisto a um jogo de futebol
Não, não é isso que vejo
Abro um livro
Não, não é isso que leio

Como pouco, bebo muito
Não posso dormir
Minha cabeça está oca
Minhas palavras vazias
Um tipo de desatino
Quando estou sem ti
Nada, nada sem ti
Agora que não estas aqui

Necessito-te junto a mim
Sem saber o que fazer
Tento relembrar, reencontrar meu ser
Mas nada consigo ver
E ainda procuro
Tento relembrar, reencontrar meu ser
Ouço os ruídos da noite
Sigo seus paços de dia
Mas                                                                                                                           
Nada, nada sem ti                                                                            
Agora que não estas aqui 

Postado por:Wacinom
Hora: nenhuma
Data real: 01/07/2012  
Depois de uma era gelada 

 

25 janeiro 2012

O que fomos nós?

Fomos Liberdade
Fomos Consolação
Av. Paulista -  By Wacinom 
Fomos Paraíso
Fomos Luz
Fomos Retiro
Fomos Centro
Fomos Jardins
Fomos Pinheiros
Fomos Amaro
Fomos Cecília
Fomos Efigênia
Fomos Pompéia
Fomos Brás
Fomos Bexiga
Fomos Barra Funda
Fomos Higienópolis
Fomos tudo e
Fomos nada
Fomos além, mas
O que fomos nós?
Fomos Bela Paulista.


Postado por: Wacinom
Hora: O quê?
Data real: aniversário de São Paulo

24 março 2011

Dia Internacional do café



Para J.L.

A vida está corrida
os momentos estão passando
quase desapercebidos,
mas não desito
Ah! Isso não!


Um momento
Um olhar
Um cantar
Tudo guardado na memória
isso eu não esqueço
Ah! Isso não!


O pensamento
O toque
O aroma
Incitam meu querer - te encontrar
Isso eu não paro de pensar
Ah! Isso não!

O relógio não deixa
Inimigo meu.
Os afarezes não permitem
Inimigo seu.

Mas
O aroma do café
Amante dos poetas e cantores
Nos unirá e eternizará este dia.
Ah! Isso sim!


Postado por: Wacinom
Hora: do café
Data real: hoje

28 julho 2010

Você não sabe

MAis um poema cometido às margens da canção de 


Você não sabe

Mesmo sem saber
Encostei meu corpo no teu
Senti teu beijo, tuas mãos
A despertar o prazer meu.

Mesmo sem saber
Segui o vento.
Colhi estrelas.
Plantei sonhos.

Mesmo sem saber
Sem perceber
Superei meus medos,
Revelei meus segredos
E não pude nada dizer.

Mesmo sem saber
Entreguei minha alma
Num momento senil de calma.
Entreguei-me completamente
Percebi sua sede, a conceber,
de me te eternamente
Não pude me conter.

Não posso negar
“mas ao me doar assim
Não há como fingir”
Pude sentir

Que só meu corpo
ainda não é teu.


Postado por: Wacinom
Hora: do devaneio
Data real: 28/07/2010


19 abril 2010

Poema Incidental "O Dom"



Às vezes o que eu preciso
É a paz do seu sorriso,
De suas palavras.

As pessoas complicam tanto
Coisas tão simples da vida.
Só quero te encontrar
E devagar me enchergar
No fundo de seu olhar.

Parar
Pensar
Ouvir e
Sentir
Que estamos aqui


Quero junto de ti aprender
Por amor
Por prazer
Me faz sentir
Confio em ti
“Temos o dom de nos compreender”

Que bom ser envolvida
Por esse som “ O Dom”
Participar de cada canção
Coisas tão simples da vida.

Parar
Pensar
Te ouvir
Te sentir
Estar aqui

Quero junto de ti aprender
Por amor
Pelo prazer
Confio em ti
Me faz sentir

Quero que minha alma
Seja conduzida por sua canção
Pela paixão
Sem limites
Sem amarras
Sem imposição
Confio em ti
Me faz sentir

 
“Temos o dom de nos compreender”
Paro
Penso
Ouco e
Sinto.

"Sonhos de uma noite de Verão"

Postado por: Wacinom
Hora: da canção
Data real: 19/04/2010

21 janeiro 2010

Ensaio sobre a cegueira


Quando a vida lhe parecer braille,
Cheire
Escute
Deguste
Mensure
Misture
e sinta o que está do lado de dentro.

Postado por: Wacinom
Hora: da cegueira
Data real: 29/12/2008

30 dezembro 2009

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.


Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?


Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.


Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drumonnd de Andrade

Postado por: alguém saudoso
Hora: da saudade
Data real: 30/12/2009

02 dezembro 2009

Poesia muda

Quisera ser poeta,
Encontrar a palavra certa
A imagem perfeita
Para o silêncio seu.

Me conta,
O que aconteceu.
O sonho,
A lembrança,
O desejo.
O que se perdeu?

Quisera ser poeta
Para em versos
Transformar o silêncio seu
E trazer seus sonhos
Para perto dos meus.

Me conta,
O que aconteceu.

Quisera ser poeta
Prisioneiro seu
Fazer seu silêncio
Companheiro meu.
Quem dera.

Me conta,
O que aconteceu.
As palavras se perderam
Em negativos,
As lembranças
Em fotografias
Ou apenas na rotina,
No dia-a-dia?

Me conta,
O que aconteceu.

Quisera ser poeta,
Devolver os sonhos seus
Nesses versos meus.

Me conta,
O que aconteceu?

Silêncio!

Postado por:Wacinom
Hora: silenciosa
Data real: dia surdo

10 novembro 2009

Concepções Sublimes



Meu amor não tem asas
Não alça vôo nos horizontes do desejo
Dispensa segredos
Adora beijo

Meu amor não tem asas
É amor de querer bem,
de bem querer
De querer estar perto
De perto estar por qualquer coisa
Querer ouvir
Querer sentir

Meu amor não tem asas,
Mas longe vai
Perto fica.

Meu amor não tem asas,
Apenas voa para
junto de Ti.


Postado por: um andante 
Hora: vôo
Data real: 10/11/2009

14 julho 2009

Presente!


Presente.
Fascinante surpresa!


Blusa Vermelha

Acordei mais tarde,
com dor de cabeça e
adivinha?
eu não andei bebendo.
Tive um ataque do coração
e ele passou a bater mais pacato,
mais conformado com
as retiscências que abreviam nossos diálogos,
monólogos meus.
Abro e fecho a caixa de correspondência:
nem carta, nem selo, nem pombo-correio.

Andei te vendo no sítio das aldeias
você está tão lindo,
mas mal você sabe como seu olhar
muda se repousa no meu!

Você não consegue ir embora, não é?
Você acha que somos de mundos à parte,
de lendas distantes, não é?
Você acha que estamos nas paralelas
e que se nos encontramos foi um acidente?
Mas desse instante
nasceu a razão de muitas outras escolhas
e ter te encontrado foi determinante;
e desse fato decorreram outras inúmeras
cenas da nossa história.
Se isso não te é uma desculpa razoável,
Então venha visitar o seu amigo.

Talvez você esteja em outra cama
mas você nunca mais estará sob outro abacateiro.
Não tenha medo,
não quero te convencer.
Chego às vezes a pensar que isto tudo é loucura.
Porém no nosso roteiro
não haviam só protagonistas,
nossos corpos se marcaram
e ainda há evidências mais contundentes:
os cacos do meu coração,
que, banhado do suor com que minha mão segurou a sua
quando dançamos
chan chan,
pulsa incansável a satisfação de lembrar porque gosto tanto da blusa queusei naquela noite.

Por Ana Flávia


Postado : por mim, escrito por ela
Hora: surpreendente
Data real: hum ... O que é realmete real?

13 maio 2009

Separação



Poderia eu escrever: “ Simplesmente o soneto” para falar de Vinícius de Moraes?

Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se a drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma ventura errante
De repente, não mais que de repente


Postado: De repente
Hora: distantes dos outros
Data real: 22/12/2008


12 maio 2009

O Fim

Esse é o fim...
Não. Não do Blog, mas de um ciclo que foi marcado por muitos acontecimentos, ora uma pedra no meio do caminho, ora Felicidade, ora pela Hora da estrela, ora por horas e mais horas.
Quero expessar aqui meu carinho a todos que fizeram parte deste ciclo e que espero que estejam também nos próximos.

Sabe você que me disse certa vez para prosseguir?
É você.
Que me mantinha acordada durante a madrugada a ler?
É você.
Que sempre exigia sempre mais e mais, pois sabia que eu era capaz?
É você.
Que me pagou um café, mesmo sabendo que eu preferia chá?
É você
Que não acreditou em mim, mas que hoje pode ver que apesar disso sobrevivi?
É você.
Que um dia conseguiu fazer com que não acreditasse nem em mim?
É você.
Que me acompanha no final desse ciclo, mesmo sem me conhecer, mas que agora conhece?
É você.
A você que muito contribuiu para essa transformação e continuará de uma forma ou de outra sempre presente.
Obrigada!

Postado:Finalmente hoje.
Hora: Do ciclo sem fim
Data real: 22/12/2007

10 dezembro 2008

Escrita: A Procura

Olho de um lado a outro,
e não vejo ninguém.
Pego o lápis a procura de outrem,
Mas o que consigo são apenas

sentimentalidades jogadas em um caderno velho.
Estava demorando
o começo, a procura.
Estava demorando
a vontade da ternura.
Estava demorando

a loucura, a procura da escrita.
É
Estava demorando.

Postado: só um minuto... procuro um calendário.
Hora: Não sei... vou procurar um relógio.
Data real: 24/11/2007

01 dezembro 2008

Vi, Li e Senti

O velho e a Flor

Por céus e mares eu andei
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que é o amor

Ninguém sabia me dizer,
Eu já queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor falou:

Amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
Em pétalas de amor.


Postado: No dia que vi, li e senti sua falta
Hora: em que parei, pensei, olhei e não te vi.
Data real: 24/11/2007

Soneto da Perdida Esperança

Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.

Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
princípio do drama e da flora.

Não sei se estou sofrendo
ou se é alguém que se diverte
por que não?na noite escassa

com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
nós gritamos: sim! ao eterno.

Carlos Drumond de Andrade

Postado: Bem depois da esperança perdida
Hora: Não sei já passou
Data: 03/02/2008

18 maio 2008

Pedaço de mim


AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

Postado por: Alguém ausênte de si
Hora: Que importa?
Data real: Hoje mesmo. Será? Não sei.Não estou

Eu Que Não Amo Você


AS SEM-RAZÕES DO AMOR


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade


Postado Por: Eu, sem Amar

Data real: 18/05/2008

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