Pegue uma xícara, sirva-se e fique à vontade.

09 dezembro 2013

Naufrágio



Marquei a lápis aquele poema que declamastes naquela tarde quente. Um poema que falava de sonhos, navios e naufrágios.

Era um dia de dezembro.

Um dia em que o vento soprava manso e todas as certezas nada mais eram que espumas a lamber a areia, a mesma areia que mantinham meus olhos secos, a boca amarga, o coração empedernido e meus sonhos no fundo do mar.

Blog: Deserto e Desertificação
Hoje debaixo d'água meus sonhos são como corais: não os vejo, não os sinto aqui da superfície.

Hoje se quer lembro-me do poema, apenas o escuto quando a concha encosto ao ouvido.


E quando abro o livro desgastado pelo tempo lembro-me de ti a navegar entre os versos de Além-mar



Postado por: Wacinom
Hora: 19:15
Data real:20/12/2011


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